Há um lado bom em tudo...
Estar prestes a curar uma gripe é óptimo por si só, mas o que eu mais gosto na gripe, (como toda a gente, mas provavelmente não pelas mesmas razões) é quando ela começa a ir embora.
Estou a falar daquela altura em que os olhos deixam de chorar e o nariz de pingar e o ranho se torna espesso e escuro.
Esse é o ranho que eu gosto. Aquele que afaga as amígdalas quando o engolimos, aquele que faz festinhas na garganta quando o deglutimos, aquele que é mais sonoro quando o puxamos para cima, aquele que faz coceguinhas no nariz quando fungamos, aquele que faz as bisgas chegar mais longe!
O que eu gosto deste ranho...e de recordá-lo nos secos dias de Verão quando ociosamente, julgamos estar apenas a retirar uma carranha seca, e atrás vem, lá do fundo, aquela húmida e refrescante ranhola atrás...
Aahh..e a mágoa que me fica quando na ânsia de a resgatar, a carranha e a ranhola se separam, ficando apenas na unha aquele cadáver de ranhola e no fundo da garganta a fresca ranhola permanece, irremediavelmente.
O que eu gosto deste ranho...
Sem comentários:
Enviar um comentário